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O cineasta Bruno Barreto voltou ao Carnaval de Salvador depois de 30 anos e comparou o passado e o presente da festa com o próprio desenvolvimento do processo cinematográfico.
Três décadas atrás ele filmou o clássico do cinema nacional Dona Flor e Seus Dois Maridos na Bahia.
"Hoje o Carnaval é em cinemascope, dolby stereo. Antes, era em tela quadrada, em mono", disse o diretor na noite de sábado à Reuters, depois de descer do trio elétrico Expresso 2222, onde Daniela Mercury o homenageou.
A cantora baiana, que pegou o cinema nacional como tema de seus figurinos e da decoração de seu camarote, fantasiou-se no sábado de Dona Flor. Ela levou no trio os atores globais Malvino Salvador e Rodrigo Pavanello, da novela Alma Gêmea, que faziam as vezes dos dois maridos do filme de Barreto.
O longa, lançado em 1976 e baseado no famoso livro de Jorge Amado, foi recorde de bilheteria e tinha no elenco Sônia Braga no papel principal, além de José Wilker e Mauro Mendonça.
"Daniela é uma cinéfila, obcecada por cinema", disse Barreto, no camarote da cantora. Ele está hospedado na casa dela. "Ela tem uns livros de cinema que nem eu tenho. E olha que eu tenho muitos."
O cineasta, que fez também O Que é Isso Companheiro? e O Casamento de Romeu e Julieta, afirmou que está preparando um novo longa, que será uma versão ficcional do documentário Ônibus 174, de José Padilha, de 2002.
A produção está em período de selecionar elenco. "Quero atores desconhecidos", disse. As filmagens devem começar entre junho e julho, com lançamento previsto para março de 2007.
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