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Quem assistiu ao desfile da Leandro de Itaquera no Carnaval 2006 esperando presenciar o beijaço gay prometido pela escola saiu do sambódromo do Anhembi decepcionado neste domingo.
» Veja a ficha técnica da Leandro de Itaquera
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O beijo aconteceria ao final da apresentação entre os integrantes da ala do carro em homenagem à Parada Gay, que teria drag queens, travestis e militantes.
Já na sexta-feira, 24 de fevereiro, o presidente da Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, Nelson Matias Pereira, havia cancelado a participação da associação no desfile, após ser informado que o carro alegórico teria bonecos representando políticos.
"Aceitamos a homenagem, pois no carro em que estaríamos dragões seriam expulsos do Rio Tietê, dando lugar ao arco-íris da diversidade", explicou ele em carta enviada ao presidente da escola de samba, Leandro Alves Martins.
"Depois, soubemos que para o beijaço eles escolheriam umas 10 pessoas para se beijarem na frente dos jurados. Isso é sensacionalismo e oportunismo para ganhar mídia. Não acho ético", disse Pereira à Reuters no domingo.
Questionado sobre o descumprimento da promessa, o presidente da Leandro desconversou: "Não prometi nada. Foi polêmica da escola."
Durante o desfile, transformistas precediam o carro que trazia a Miss Drag Queen da agremiação, Salete Campari, 40 anos, sobre um tucano gigante e à frente de bonecos do prefeito de São Paulo José Serra, do ex-governador do Estado falecido Mário Covas e do governador Geraldo Alckmin.
"A diretoria executiva optou por não fazer o beijaço, preferimos algo mais solto. Um casal simulou um beijo, mas foi muito rapidamente", disse o diretor de comunicação da Leandro de Itaquera, Emerson Nunes.
Ao descer do carro na dispersão, a drag queen Salete brincou: "Pronto, aqui está o beijaço", disse ela após dar um selinho em seu namorado que a parabenizava pelo desfile.
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