Antônio Reis/Especial para Terra |
Homem representa o Padre Pinto no bloco A Mudança do Garcia |
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Toda segunda-feira de Carnaval, o bloco a Mudança do Garcia leva seus protestos e críticas para as ruas de Salvador. Este ano não foi diferente.
As mais diferentes pessoas se misturaram para expor suas reclamações. Os foliões vinham de formas variadas: a cavalo, a pé, em grupo, sozinhos, fantasiados, com cartazes, com faixas.
O presidente Lula, o ex-presidente do PT José Genoíno, o ex-deputado Roberto Jefferson, a Previdência Social, a polícia de Salvador e até o Padre Pinto foram citados em cartazes e faixas.
"Diversidade com harmonia, só mesmo no Carnaval da Bahia", dizia um dos cartazes. Outro, como vários, criticava os políticos e a política do País. "Delcídio é quem deLcide os rumos da CPI", dizia a faixa. A corrida presidencial também foi lembrada. "Lula requentada, Peixe Serra e Picolé de Xuxu", era o cardápio de um folião, referindo-se a Lula, José Serra e Geraldo Alckmin.
Nem o Padre Pinto escapou. "Estão confundindo o Santo Padre com o padre que deu 'santo'" e "Extra, extra, bispo conservador coloca Pinto para fora" diziam alguns dos cartazes dedicados ao episódio. Até um homem representando o Padre Pinto apareceu em cima de uma carroça.
A Mudança do Garcia é o maior bloco da cidade de Salvador, levando até 20 mil pessoas à Praça do Campo Grande. O bloco surgiu no período final da 2ª Guerra Mundial, quando músicos da Polícia Militar fundaram um bloco chamado Arranca-tocos - alusão ao barro e aos tocos facilmente encontrados em ruas do bairro Garcia.
Em 1950, o bloco passou a se chamar Faxina do Garcia. Nove anos depois, recebeu o nome que tem hoje.
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