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Rio de Janeiro
Quarta, 1 de março de 2006, 01h01 
Mangueira e Beija-Flor são as favoritas ao título
 
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Aos 15 anos, Rayssa Oliveira já mostra competência como rainha da bateria da Beija-Flor
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A competência da Mangueira e a tradição da Beija-Flor são fatores que pesam para o favoritismo das duas escolas do grupo especial do Carnaval do Rio de Janeiro. As duas agremiações se somam a Unidos da Tijuca, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel na frente da corrida para o título deste ano. A apuração acontece nesta quarta-feira.

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A Estação Primeira de Mangueira conseguiu unir um desfile que cumpriu quesitos técnicos e contagiou o público presente no sambódromo. A escola, que desfilou na segunda noite do grupo especial, mostrou organização e uma perfeita evolução, mesmo com quase 5 mil componentes no desfile. Com o enredo Das águas do Velho Chico, nasce um rio de esperança, a escola, que já foi campeã do Carnaval carioca em 18 edições e amargou o 6º lugar em 2005, levou à avenida 35 alas, oito carros alegóricos e 13 destaques.

O carnavalesco Max Lopes apostou num desfile bastante tradicional. Lopes não quis saber de economizar no verde e rosa nem no tamanho dos carros. Graças à instalação de elevadores hidráulicos, a escola pôde se dar ao luxo de trazer alegorias enormes, que "encolhiam" para passar sob torres. Luxo foi o que não faltou nas fantasias e alegorias. O último título da escola, em 2002, foi justamente sobre o povo nordestino, e o retorno da temática pode ser um indicativo de vitória.

A Beija-Flor levou à Marquês de Sapucaí o samba-enredo Poços de Caldas derrama sobre a Terra suas águas milagrosas: do caos inicial à explosão da vida - água, a nave-mãe da existência. Nove vezes campeã do Carnaval carioca, a escola entrou na avenida na primeira noite de desfiles com 4,3 mil integrantes, 14 alas, oito carros alegóricos e oito destaques.

Campeã de 2005, a Beija-Flor apresentou um desfile coeso para a avenida, com cores marcadas nas diversas alas, coreografias bem ensaiadas e samba-enredo contagiante. Mesmo sendo a penúltima a se apresentar, a escola conseguiu levantar o público.

A agremiação de Nilópolis apresentou carros como o abre-alas, dividido em duas partes - uma representando o vazio e a escuridão, em que preto predominou, e outra simbolizando o renascimento, em que o laranja foi o mais forte - e um carro com o deus Netuno. Durante um trecho do enredo, bateria e harmonia fizeram um silêncio. Na volta, a escola arrancou aplausos da arquibancada.

A Unidos da Tijuca entrou na Sapucaí com o criativo samba-enredo Ouvindo tudo que vejo, vou vendo tudo que ouço, que misturava diversos estilos musicais e cinematográficos, em uma apresentação de qualidade e luxuosa. A idéia do tema partiu da comemoração dos 250 anos de nascimento do compositor austríaco Wolfang Amadeus Mozart. As alegorias, destaques e carros reagataram desde nomes de sambistas brasileiros a filmes como ET e Dançando na chuva.

Já a Imperatriz Leopoldinense, outra escola na corrida ao título, apresentou um desfile tecnicamente impecável, mas que não animou a platéia. Com o enredo Um por todos e todos por um, a agremiação contou a história do italiano Giuseppe Garibaldi e suas aventuras pela América do Sul. Houve problemas em apenas uma ou outra fantasia que caiu na avenida e com os espaços entre as alas, principalmente após o recuo da bateria.

Outra favorita ao título é a escola Vila Isabel, que levou para a Sapucaí o tema Soy loco por ti América - A Vila canta a latinidade. A escola foi considerada a mais tecnicamente perfeita da primeira noite de desfiles, à exceção de uma pequena falha na apresentação da porta-bandeira - que pode tirar consideráveis pontos. A Vila Isabel surpreendeu com uma comissão de frente com componentes vestidos de bananas e com baianas de fantasias luxuosas, repletas de paetês e jutas.
 

Redação Terra