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Quarta, 28 de dezembro de 2005, 19h21 
Porto da Pedra quer furar o bloqueio da "elite"
 
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A Porto da Pedra quer furar o bloqueio e garantir uma vaga no desfile das campeãs do Carnaval 2006. Quem terá a missão de conduzir os componentes para o sucesso é o carnavalesco Cahê Rodrigues, que ficou parado no Carnaval 2005 e está de volta e mais uma vez na Porto da Pedra, onde passou em 2001 e 2002.

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Desfilar no sábado das campeãs não será um feito inédito na Porto da Pedra. Em 1997, a escola de São Gonçalo conseguiu a quinta colocação com o enredo No Reino da Folia, Cada Louco com sua Mania. É a melhor colocação da escola no Grupo Especial. No Carnaval de 2005, a reedição do enredo Festa Profana garantiu um sétimo lugar, que não foi muito bem recebido pela escola. A agremiação fez um grande desfile e foi prejudicada por uma nota 7.6 da jurada Ana Bernachi para o quesito Alegorias e Adereços.

"É difícil furar a barreira do sábado das campeãs, mas não é impossível", garante o carnavalesco Cahê Rodrigues, que aposta nas mulheres para ter sucesso em 2006.

O enredo Bendita és tu, entre as mulheres do Brasil é uma homenagem para as mulheres que fizeram história no Brasil. "Quero fazer do desfile, um marco. Será uma grande passeata. Dos 3.800 componentes, 2.000 são da comunidade e 80% mulheres", contou o carnavalesco.

A idéia do tema surgiu há 6 anos na cabeça de Cahê Rodrigues e chegou a ser apresentado para uma escola. "O enfoque seria nas mulheres do mundo e o Brasil entraria como um setor", explica. Agora, a proposta é falar da essência e da atitude das mulheres brasileiras.

A preocupação da escola não é citar nomes de mulheres e nem de formar um desfile baseado no sentimento feminista. "Quando criei a sinopse não citei nenhum nome. As pessoas me questionam quem será homenageada, mas a proposta não é exaltar celebridades", disse.

A escola falará de mulheres como Alzira Soriano, a primeira prefeita da América Latina, que foi eleita em 1928 no Rio Grande do Norte. Como algumas dessas mulheres não são conhecidas do grande público e dos jurados, o carnavalesco conta com o trabalho de divulgação do site Bolsa de Mulher e da própria imprensa. "Tenho o apoio da escritora Schuma Schumacher, que é a organizadora do Dicionário das Mulheres do Brasil", comenta o carnavalesco.

O trabalho no barracão na Cidade do Samba está a todo o vapor. A escola preferiu não fazer grande mudanças e deixou seu ateliê no antigo barracão. "Fizemos uma reforma lá. As alas coreografadas estão ensaiando dentro do antigo barracão", revela Cahê.

Como todas agremiações do Grupo Especial, a Porto da Pedra recebeu uma verba de R$ 200 mil da Liesa para usar na mudança para Cidade do Samba. "Resolvemos não usar o dinheiro todo. Fizemos o básico, mas pretendemos colocar ar-condicionado, instalar bebedouros e informatizar nossa fábrica", explica o carnavalesco.

Para Cahê, as escolas do Grupo Especial precisam se estruturar, já que a Cidade do Samba inaugura uma nova era no carnaval carioca. "Temos uma estrutura de barracão que não podemos brincar. É preciso cuidado para manter tudo limpo. É essencial uma equipe de limpeza", afirma o carnavalesco.

Dentro de cada fábrica na Cidade do Samba, as escolas contam com mais de 13 banheiros, sala de reuniões, atendimento, refeitório, ateliê e muito espaço ainda ocioso. "Os problemas de falta de telefone são pequenos em vista do que passamos nos antigos barracões", disse Cahê, que passava sufoco no antigo barracão com os banheiros, que não eram limpos.

Dentro do barracão na Cidade do Samba, o carnavalesco tem uma visão ampla da alegoria. "Na varanda podemos ver o carro por completo. Além disso, a escola pode preencher os buracos nos carros, que são vistos de cima, que é a visão do jurado na Avenida", comenta Cahê.
 

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