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Devorar a cultura capixaba e brincar na Marquês de Sapucaí. Dessa forma, a Caprichosos de Pilares pretende transformar seu desfile no Carnaval 2006, que terá o enredo Na folia com o Espírito Santo, o Espírito Santo caprichou, de autoria do carnavalesco Chico Spinoza.
 Confira como será o desfile da Caprichosos de Pilares
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Para ajudar na confecção das alegorias e fantasias e impulsionar o desfile da escola, o presidente Paulo de Almeida fechou um patrocínio de R$ 2 milhões com uma grande fábrica de chocolates do Espírito Santo. "Sou um bom negociador", brinca Paulo de Almeida.
Quem não está de brincadeira é o carnavalesco Chico Spinoza. Ele prepara um desfile ousado e bastante criativo. A escola levará para Avenida uma alegoria em forma de um porto marítimo. Além disso, a agremiação mostrará o funcionamento de uma fábrica de chocolate e um grande manguezal.
"A irreverência é a marca da Caprichosos. Falar somente de um estado não é a cara da escola. Temos que brincar", revela Marcelo Andrade, assistente do carnavalesco Chico Spinosa e que atualmente integra a comissão de carnaval da Paraíso do Tuiuti, que desfila no Grupo B.
Com a ajuda financeira, a Caprichosos trocou os chassis de todas as alegorias e motorizou os carros. A chegada na Cidade do Samba motivou a diretoria da agremiação que resolveu trocar o piso do barracão. A escola ainda comemora o novo espaço para construção do carnaval.
"Pintamos o chão para evitar poeira e podemos construir nosso desfile sem a preocupação com os temporais de janeiro, que acabam com as nossas alegorias", disse Marcelo.
Para construir o enredo, o carnavalesco Chico Spinoza passou uma semana no Espírito Santo. Entre pesquisas de campo, visitas as bibliotecas, a equipe de Pilares descobriu a história do índio canibal.
"O enredo começa com um ritual, a ocupação portuguesa e a tentativa de civilizar. Naquela época veio todo mundo. A Igreja, portugueses e uma escória de criminosos", conta Marcelo Andrade.
A Caprichosos de Pilares vai desfilar com 4.100 componentes e a escola vai distribuir 1.200 roupas para a comunidade. "Como fala o Chico: O carnaval é um canibalismo cultural", brincou Marcelo Andrade.
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