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A Portela e Dado Dolabella, enfim, selaram a paz. O ator vai desfilar na Azul-e-Branca de Madureira como destaque no sexto carro alegórico fantasiado de anjo. Nesta quinta-feira ele esteve no barracão da escola, na Cidade do Samba, para conversar com o presidente Nilo Figueiredo e tirar as medidas da vestimenta. Ano passado, Dado acabou na delegacia especial de atendimento à terceira idade, devido a denúncias de ofensa à Velha Guarda da escola e de ter levantado a saia das baianas.
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"le veio aqui se desculpar e pedir para desfilar. Confessou que havia bebido além da conta, mas garantiu que é incapaz de debochar de pessoas mais velhas. Tudo não passou de mal-entendido", conta Nilo.
No entanto, o ator diz que foi convidado a desfilar e que não foi ao barracão pedir desculpas. "Eles sabem que não é preciso, pois nada do que me acusaram aconteceu", defende-se. Dado diz que quer ser fiel à escola, onde fez grandes amigos, e tem a maior admiração pela Velha Guarda. "Tia Surica é uma doçura. Também sou fã de Arlindo Cruz e do Zeca Pagodinho", diz.
Nilo recebeu com carinho o ator e disse que nunca expulsou ninguém. A fantasia será feita a toque de caixa até segunda-feira, quando a Portela encerra os desfiles na Sapucaí. "Tenho de prestigiar a primeira escola que me convidou para o Carnaval", ressalta Dado, que diz não ter preferência por agremiação. "Não sou de ninguém. Eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também", repete o trecho da música Já sei namorar, dos Tribalistas.
Em 2005, o carro da Velha Guarda da Portela, que encerraria a apresentação na Sapucaí, quebrou e não entrou na Avenida. Na confusão, Dado teria debochado dos velhinhos, o que irritou o público do Setor 1. Revoltados, os espectadores reagiram com xingamentos. O ator teria respondido com gestos obscenos, antes de cair no chão e ser levado ao posto médico.
De volta à Avenida, foi recebido com chuva de latas. Ao mesmo tempo, Tia Surica, Noca da Portela, Wilson da Cruz e Marinho, entre outros baluartes, foram às lágrimas desapontados por não terem desfilado. (Colaborou Élcio Braga)
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