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São Paulo
Sábado, 25 de fevereiro de 2006, 12h32 
Estrangeiros caem no samba no carnaval de SP
 
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Turistas, imigrantes e até o prefeito de uma comunidade da Suíça estavam entre os estrangeiros que pularam o Carnaval no Sambódromo do Anhembi na madrugada deste sábado, em São Paulo, atraídos pela alegria e receptividade dos paulistas.

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O economista Alain Mauris, 45, que trabalhou para grupos assistenciais e, atualmente, é prefeito da pequena comunidade de Bernex, na Suíça, desfilou como um dos destaques do segundo carro da Mocidade Alegre, ao lado de outros amigos europeus. "Na Europa você fica preocupado com o que as pessoas irão pensar de você. Aqui é mais espontâneo. Por isso gostamos do Brasil, o carinho é muito forte", disse Mauris à Reuters. "O Carnaval é um festival para os olhos e para o coração", completou ele, que atravessou a Avenida demonstrando um tímido samba e jogando beijos para o público.

A programadora de computadores Charlie Schob, 26, de Curaçau, também desfilou na Mocidade Alegre. Em sua primeira viagem ao Brasil, Charlie, que mora na Europa, mostrava-se empolgada com as músicas, os figurinos e o clima do Sambódromo. "O Carnaval é ótimo, bem melhor do que na minha cidade natal. Tenho uma escola de dança na Alemanha, vou recomendar a todos que venham para o Brasil", disse ela, minimizando alertas que havia recebido de conhecidos sobre a falta de segurança e violência por aqui.

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Um dos principais responsáveis pela participação de turistas no desfile da Mocidade Alegre foi o figurinista da escola Nilson Lourenço, 39, o Nilsinho. Após trabalhar na produção de figurinos para cabarés e cassinos na Europa, Nilsinho convidou os amigos que fez no velho continente para passarem o Carnaval no Brasil. O roteiro turístico do grupo incluirá uma rápida passagem por Florianópolis e pelo Rio de Janeiro.

Enquanto uns visitam o Brasil em férias, outros aproveitaram viagens de negócios para conhecer a folia carnavalesca. O empresário japonês Shinji Takano, 44, estava na cidade para reuniões e aceitou o convite de seu conterrâneo Koji Furumiya, 60, para ir à Avenida. "É fantástico e surpreendente", disse Takano enquanto observava tigres gigantes que passavam à sua frente em um dos carros da Império da Casa Verde, campeã do Carnaval 2005.

Assim como Furumiya, a fisioterapeuta holandesa Floor Van Ochten, 37, mora há dois anos no Brasil e aproveitou a visita de amigos do exterior para conhecer a festa de Momo mais de perto. "Todos aqui demonstram muita amizade e alegria, diferentemente dos holandeses que são mais frios", disse Floor, que afirmou ter se impressionado com o desfile "enérgico" da Gaviões da Fiel, primeira escola a se apresentar.
 

Reuters

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