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O Dia na folia

Rio de Janeiro
Domingo, 26 de fevereiro de 2006, 12h14 
Baterias inovam com índios e coreografia computadorizada
 
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As baterias das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro prometem inovar ainda mais este ano. Até escolas tradicionalistas, como Império Serrano e Beija-Flor, se renderam à pressão pelo espetáculo.

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Porém, a agremiação que deve chamar mais atenção nesse quesito é a Caprichoso de Pilares. O mestre de bateria Louro terá 20 índios de Aracruz, no Espírito Santo, tocando casaca, instrumento com som parecido com o do reco-reco.

"É um instrumento de percussão típico do congo, o mais famoso ritmo capixaba. Também vamos dançar, gritar e correr com os índios na Avenida", adianta o diretor, que mandou fazer o instrumento artesanal especialmente para o desfile.

A Beija-Flor de Nilópolis conseguiu convencer Mestre Paulinho a interromper sua possante percussão por um segundinho. "Minha obrigação é segurar o ritmo da escola. Respeito os que fazem paradinhas, mas prefiro não apostar nelas", argumenta.

Mestre de bateria inova na Império Serrano
A simplicidade do nilopolitano contrasta com o ritmo intenso das novidades que o jovem Mestre Átila, 33 anos, imprimiu ao coração pulsante do Império Serrano. A sensação será a coreografia feita em conjunto com alegoria de três bois, posicionados atrás dos ritmistas, que vai encobrir o carro de som.

Átila, da Império Serrano, usou o computador para planejar as coreografias e redobrou os ensaios. "Desde novembro estamos treinando na quadra com os portões fechados", diz.

O grupo de 250 ritmistas vai dançar maracatu, pular de um lado para o outro junto com as esculturas e abrir espaço para que elas pousem no meio da bateria. A coreografia faz referência ao folclore sobre a ressurreição do boi-bumbá.

Além de tudo isso, ainda vai formar uma cruz na Sapucaí. "Este ano, 18 idosos pediram para sair porque não tinham condições de saúde para acompanhar a coreografia", conta o mestre. Alguns choraram na despedida.

A valorização de novos e antigos instrumentos é outro trunfo para se diferenciar. Mestre Odilon, da Grande Rio, vai usar a tambuíca, mistura de tamborim com cuíca.

Rainhas ajudam no espetáculo
Disposto a apresentar grande espetáculo sem prejudicar a harmonia e a evolução da escola, Ciça, da Viradouro, teve que segurar a criatividade. Ele pretendia reproduzir formatos de instrumentos musicais na avenida, mas optou por só formar um T, privilegiando o toque dos tamborins.

O mestre delegou à rainha Juliana Paes a tarefa de conduzir e retirar a escola do recuo. "Vou fazer quatro paradinhas, com a bateria voltando através do toque dos tamborins. Vai ficar bonito", promete.

O show também será da morena Carol Castro, que nos ensaios se mostrou bem entrosada com a batida da bateria do Salgueiro. Mestre Marcão ensaiou 15 convenções diferentes, mas nem todas serão ouvidas no Sambódromo. "O certo é que a bateria vai pulsar como um coração, símbolo da escola", assegura.
 

O Dia

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