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Desfiles
Segunda, 27 de fevereiro de 2006, 06h35  Atualizada às 06h40
Explosão de cor e criatividade no primeiro dia do Carnaval
 
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Uma viagem ao interior do ser humano, apresentado pela escola de samba de Salgueiro, deu início ao desfile de Carnaval do Rio de Janeiro, onde uma tempestade dificultou parte da marcha sem impedir a explosão de cor e criatividade.

O Salgueiro tinha a responsabilidade de abrir a festa e animar um sambódromo lotado ao ritmo do samba Microcosmos: o que os olhos não vêem, o coração sente.

A sorte não esteve ao seu lado, já que à tradicional dificuldade de abrir o desfile, somou-se um problema em um dos carros alegóricos, que se separou, de modo que ao invés de sete carros, a escola parecia levar oito, mas não deve ser penalizada já que este é o número máximo permitido.

O pessoal de apoio teve ainda alguns encontrões com a imprensa e os componentes do grupo, integrado por mais de 3.500 pessoas, sofreram certa descoordenação.

Os erros na evolução do desfile podem custar uma pior classificação, mas os problemas não diminuíram a beleza nem a originalidade dos trajes, os carros e os protagonistas da escola, que, apesar dos problemas, conseguiu cumprir o tempo de 80 minutos que o regulamento impõe.

As dificuldades também marcaram o desfile da escola de samba de Rocinha, segunda da noite que, apesar da forte chuva que caiu durante quase toda sua apresentação, não perdeu o ânimo.

A escola que conseguiu subir ao Grupo Especial no ano passado abordou o tema do dinheiro e a felicidade.

Começando com quadros com tom infantil, a escola apresentou diferentes cenas que começam com a idéia que desde pequeno o homem sonha com o consumo, mas no final das contas, o dinheiro não compra a felicidade.

Para transmitir esta mensagem, crianças e maiores se vestiram de gulodices, chocolates envolvidos em papel dourado, ricos adornos imitando jóias e até notas de real.

Se a chuva não conseguiu aplacar o ímpeto dos participantes, que cantavam "sou o dono do mundo, meu tempo é dinheiro" e "a felicidade não tem preço", prejudicou os trajes e fez perder pontos ao atrasar o desfile.

A primeira escola que desfilou sem incidentes significativos foi a Imperatriz Leopoldinense, com uma história centrada na trajetória de Giuseppe Garibaldi, através do olhar do escritor francês Alexandre Dumas.

Um dos carros esteve a ponto de colidir com os componentes do grupo que desfilavam à frente, bem na altura dos juízes, mas o desastre foi evitado a tempo e sua passagem terminou com um público entusiasmado.

Pouco depois entrou na Sapucaí a Caprichosos de Pilares, com uma homenagem ao estado do Espírito Santo, e como novidade a participação, pela primeira vez, de um grupo de índios tupiniquins, originais da cidade de Aracruz.

Depois da Caprichosos desfilou a Vila Isabel, para oferecer sua visão sobre a integração latino-americana e o ideal de união do libertador Simón Bolívar.

Com quadros que refletiam desde a península de Yucatán até a Terra do Fogo, a escola, que recebeu um patrocínio de aproximadamente US$ 1,5 milhão da empresa estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), interpretou o samba Soy louco por ti América: A Vila canta a latinidade, em um desfile com fantasias espetaculares e efeitos especiais.

Depois delas desfilariam a Grande Rio e a Beija Flor, atual tricampeã, que anunciava efeitos especiais com água, tema de sua apresentação.

Os desfiles continuarão na noite desta segunda-feira, com as outras sete escolas do grupo, e na quarta-feira serão conhecidos os resultados.
 

EFE

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