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Rio de Janeiro
Domingo, 5 de março de 2006, 10h23 
Compositor cobrará direitos autorais da Venezuela
 
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O poeta, escritor e compositor baiano José Carlos Capinam decidiu comprar briga com o governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Capinam não gostou do fato de Chávez e seus pares não responderem à carta que ele enviou à embaixada do país alertando que o título do enredo da Unidos de Vila Isabel, escola patrocinada pela estatal de petróleo venezuelana PDVSA, é de uma obra sua e de Gilberto Gil: Soy loco por ti, América.

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A canção foi escrita no dia da morte de Che Guevara, em 9 de outubro de 1967, quando a dupla participava do festival da canção da TV Record daquele ano. Capinam, casado com uma venezuelana, não quer saber de guerrilha com Chávez ou causar crise diplomática, já que Gil hoje é ministro da Cultura. Capinam acha justo que o governo venezuelano pague pelos direitos de sua música, uma vez que financiou parte do enredo da Vila.

"Quando enviei a carta, na época do lançamento do enredo, o objetivo era conversar. Mas ninguém se pronunciou. Nem a escola me procurou", diz o poeta. E justifica seu alvo de cobrança. "O patrocinador tem uma responsabilidade. É ele quem leva os louros da coisa. Isso (a vitória da Vila Isabel) vai expandir o nome de Hugo Chávez e da PVDSA com tudo que tem direito. Então, a poesia não merece ser esquecida", afirmou, lembrando que a "cultura ocupa hoje um espaço na economia muito forte".

Alheia aos apelos de Capinam, a Vila faz planos para desenhar a igualdade apregoada em seu samba. Pelo menos dois projetos sociais receberam ou terão algum tipo de apoio do dinheiro da PDVSA. A alfabetização dos trabalhadores do barracão até 2007 é outra meta. Consultórios médicos e odontológicos que já atendem gratuitamente a comunidade serão ampliados, assim como a quadra da Vila.
 

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